A Organização Mundial de Saúde classificou-o como “a epidemia de saúde do século XXI”. O stresse pode ser debilitante e pode causar ou agravar problemas de saúde. E a má notícia é que ninguém lhe está imune.
Prazos, correrias, exigências, dificuldades, frustrações. A vida moderna é pródiga em situações que fazem com que o stresse seja quase um modo de vida. Cabe a cada um de nós interromper este ciclo, reconhecendo a situação e desenvolvendo estratégias para lidar com ela.
O problema é que, muitas vezes, é mais fácil para outra pessoa reconhecer o stresse em nós, do que nós próprios apercebermo-nos disso. Sentimos os sintomas, mas desvalorizamos e dizemos que vão passar. “Não é nada, é só uma dor de cabeça.” “Dormi mal, mas foi porque me deitei com fome.” “Dói-me o estômago, não devia ter comido aquela sobremesa.” “Esta dor na cervical que não me larga, tenho de trocar a cadeira do escritório.” E assim por diante. Encontramos a desculpa certa para tudo, vamos tratando os sintomas em vez da causa, e a situação arrasta-se.
Mesmo de curta duração, o stresse pode ter um impacto no organismo. Mas as pessoas que têm o stresse como “companheiro” constante são mais suscetíveis a uma série de maleitas, desde dores de cabeça e insónias, até tensão alta e doenças cardíacas. É importante ir ao médico se o número de sintomas aumentar, mudar, piorar ou durar mais tempo.
Não desvalorizar o stresse. Essa é a mensagem a reter. E é também para a vincar que, desde 1998, se celebra o Dia Mundial da Consciencialização do Stress. Assinala-se todos os anos na primeira quarta-feira do mês de novembro, como uma oportunidade para as pessoas pensarem no assunto, tirarem tempo para identificar as pressões individuais a que estão sujeitas e descobrirem formas de as eliminar ou reduzir.
O poder das ações
Feito o ponto de ordem de que os profissionais de saúde são os mais bem colocados para nos ajudarem a começar um estilo de vida livre de stresse, há técnicas para lidar com situações mais simples que podem ajudar a combater este inimigo invisível.
Há três verbos a reter: evitar, mudar, aceitar.
O primeiro passo é aprender a EVITAR o stresse desnecessário. Há coisas das quais não podemos fugir, mas há outras que, se aprendermos a dizer não e a distinguir claramente “deveres” de “obrigações”, conseguimos eliminar muitos fatores de stress.
Se não podemos evitar uma situação stressante, então devemos tentar MUDAR essa situação. Isso significa moldá-la de forma a causar-nos menos pressão, e lidar com ela de frente e de cabeça erguida, em vez de ficarmos a remoer os sentimentos negativos que nos provoca.
Por último, quando não podemos mudar o fator de stresse (por exemplo, no caso de uma doença), devemos ACEITAR e adaptarmo-nos a ele. Isto é, devemos tentar mudar a nossa atitude e a visão que temos da situação que enfrentamos, focando-nos nos aspetos positivos da nossa vida e do próprio problema.
No nosso dia-a-dia, há comportamentos e atitudes (que também se expressam em verbos) que ajudam a manter o stresse afastado:
- Passear na natureza
- Respirar fundo
- Fazer pausas no trabalho
- Estabelecer prioridades
- Sorrir
- Ouvir música
- Pensar positivo
- Fazer meditação
- Praticar uma alimentação saudável
- Criar bons hábitos de sono
- Fazer exercício físico
- Decorar o espaço de trabalho com objetos pessoais e, periodicamente, mudar a decoração
- Tomar nota de todos os afazeres e obrigações