Imortalizada em poemas e no fado de Coimbra, a Mata Nacional do Choupal foi plantada no final do séc. XVIII, para atenuar os efeitos resultantes do assoreamento do Rio Mondego.
É considerada um dos pulmões de Coimbra, com os seus 79 hectares onde predominam o choupo, o plátano, a nogueira-preta e o cedro dos pântanos. Ali se respira ar puro e se encontra paz e serenidade no meio da natureza.
Apesar de ser um dos espaços verdes naturais mais bonitos e mais apreciados da zona, a sua plantação não teve a ver com razões estéticas, mas antes razões de ordem prática. Ano após ano, a força da água carregou e depositou sedimentos, alterando, pouco a pouco, o leito do Mondego. Assim, em 1791, na altura em que se deram início aos trabalhos para abrir um “novo” leito do rio, efetuaram-se plantações nas margens, para as fixar e, simultaneamente, proteger os campos agrícolas vizinhos.
Foi um desses primeiros locais a ser plantado com várias espécies florestais que deu origem á Mata do Choupal, assim designada por causa do choupo ter dominado a sua paisagem por um longo período. Através dos vários valeiros que a atravessam transversalmente, esta Mata desempenhou ainda o importante papel de repartir as águas das enchentes do Mondego, quebrando a impetuosidade das cheias e minimizando os seus estragos.
Ao longo dos anos, a proximidade da cidade e o crescimento do arvoredo fizeram com que a Mata do Choupal ganhasse uma função de recreio e lazer que ainda hoje mantém. É o espaço que muitos habitantes da cidade usam para praticar exercício físico, passear os cães ou passar tempo de qualidade em família.
Mais de dois séculos depois, as suas árvores já não fazem tanta falta ao rio, mas continuam a fazer-lhe companhia, em nome dos velhos tempos, ao longo de dois quilómetros do seu leito.