Passar tempo com a família, empanturrarmo-nos de comidas deliciosas, dar e receber presentes… O Natal, mesmo com as diferenças que este ano lhe impôs, tem tudo para ser uma época maravilhosa. E se dermos o nosso toque “verde” aos embrulhos, melhor ainda.
À meia-noite de dia 24, ou na manhã de 25, dependendo da tradição de cada família, uma coisa é certa: o chão à volta da árvore vai ficar cheio de papéis e caixas rasgados e amassados. Pode parecer um desperdício, mas o papel e cartão são facilmente recicláveis e têm uma das mais elevadas taxas de reciclagem da Europa, que se estima ronde os 74% em 2020.
Mas, se não estivermos atentos, os embrulhos de Natal podem, efetivamente, esconder um presente envenenado para o ambiente, uma vez que alguns tipos de papel utilizados não são recicláveis. Efeitos metálicos e brilhos/purpurinas são bons indicadores de que o papel não se adequa ao contentor azul, pois são geralmente criados com laminados de plástico, e não podem ser reciclados como produtos de papel normais.
Na escolha do papel de embrulho, a lógica “keep it simple” assenta como uma luva. Por mais bonitos que esses aditivos sejam, não são tão bons para o meio ambiente. Um bom teste para perceber se o papel de embrulho é reciclável é amarrotá-lo numa ponta. Se, depois de comprimido, se mantiver amarrotado, é um bom embrulho à base de papel. Se se desenrolar, é porque contém um laminado de plástico e não é bom para reciclar.
Na hora de comprar as suas folhas ou rolos de papel de embrulho, fique também atento às certificações florestais (procure os selos FSC® ou PEFCTM), que garantem que o papel é proveniente de florestas com uma gestão sustentável.
Os mesmos cuidados são válidos para os postais de Boas Festas.
E, quando as festividades terminarem, certifique-se de ambos (papel de embrulho e cartões) vão parar ao caixote da reciclagem. Ou, se tiver jeito para trabalhos manuais, guarde-os para criar as decorações e etiquetas de presentes do próximo ano.