O RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel tem um contributo fundamental para resolver os atuais desafios das alterações climáticas e da dependência dos recursos fósseis. Este centro de I&D e de transferência de conhecimento promove o desenvolvimento sustentável e a bioeconomia circular baseada no eucalipto.
Alterações climáticas, sequestro de CO2, dependência de recursos fósseis. “A floresta e o setor florestal têm um contributo determinante para resolver estes problemas a médio e longo prazo, todos em simultâneo”, afirma Carlos Pascoal Neto, diretor-geral do RAIZ.
Primeiro, a floresta plantada, gerida de forma sustentável, contribui para o sequestro de CO2 e, portanto, para mitigar as alterações climáticas. Depois, a biomassa pode ser fonte de produtos que substituem os que têm origem fóssil. “Estamos, assim, a estimular uma bioeconomia que é circular. Porque os produtos derivados da floresta são, pela sua natureza, recicláveis, biodegradáveis ou compostáveis”, avança Carlos Pascoal Neto.
Carlos Pascoal Neto, Diretor-geral do RAIZ
“Temos vindo a adaptar a nossa investigação e desenvolvimento para dar resposta aos desafios que vão aparecendo”, garante o diretor-geral do RAIZ. Na área tecnológica/industrial, o foco está na valorização integral da biomassa e da madeira, no sentido de produzir nas fábricas não apenas pasta, papel e energia, mas aproveitar ao máximo o potencial desta matéria-prima para novos produtos e materiais.
Melhor indústria
O negócio da Navigator tem vindo a diversificar-se. Para além da pasta, papel de impressão e escrita não revestido e energia, nos últimos anos alargou-se a novas áreas como o tissue e, mais recentemente, um reforço no packaging. “Temos tido um papel que considero bastante ativo e determinante no desenvolvimento de novos produtos diferenciadores, que já estão no mercado com a chancela do RAIZ e resultam em novas patentes”, reforça Carlos Pascoal Neto.
O trabalho de investigação do RAIZ envolve o desenvolvimento de produtos
e tecnologias inovadoras a partir do eucalipto.
O Instituto tem vindo também a desenvolver atividades numa área emergente, a da biorrefinaria e bioprodutos. “Estamos a fazer investimentos em novas infraestruturas e equipamentos, como no âmbito do projeto inpactus (2,5 milhões de euros) e no novo Laboratório-piloto em Biorrefinarias e Bioprodutos, o que totaliza cerca de 4 milhões de euros até ao final deste ano. Uma aposta sobretudo em equipamentos-piloto à escala pré-industrial, para ir mais longe na maturidade tecnológica e fazer a demonstração técnico-económica dos produtos e processos desenvolvidos no RAIZ.
Na parte do processo industrial propriamente dito, o RAIZ presta consultoria às fábricas da The Navigator COmpany e desenvolve projetos de otimização da eficiência do uso de recursos, como madeira e água, e também na perspetiva da performance ambiental das fábricas e do compliance ambiental.
RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel
Tem como associados a The Navigator Company, as universidades de Aveiro e Coimbra, e o Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa. A equipa, em números redondos, é constituída por uma centena de pessoas, das quais 25 são doutorados. Mais de metade dos colaboradores fazem parte do quadro e os restantes são investigadores contratados para projetos financiados. No âmbito dos projetos em parceria com as universidades, apoia ainda a formação de 25 doutorandos (bolseiros).