A votação para eleger a “Árvore do Ano 2025” está a decorrer até ao dia 11 de dezembro. A vencedora irá representar Portugal no concurso europeu Tree of The Year. Conheça a história de cada uma das candidatas.
O concurso nacional, promovido pela UNAC – União da Floresta Mediterrânica, é o primeiro passo para que uma árvore portuguesa possa representar o país na competição europeia. A concurso estão dez candidatas, algumas com milhares de anos, localizadas de norte a sul do território continental e também das ilhas. Para lá da idade, da beleza ou da dimensão, destacam-se essencialmente pela sua história e relevância para a comunidade.
Para participar na votação, basta ir ao site Árvore do Ano e escolher as suas duas favoritas, até ao dia 11 de dezembro. A grande vencedora – que será conhecida no dia 17 de dezembro – irá depois passar à fase seguinte: a de disputar um lugar no concurso europeu Tree of the Year, cuja cerimónia de entrega de prémios decorrerá em Bruxelas, em 2025. A iniciativa visa sensibilizar o público para a proteção e preservação do património natural.
Portugal participou pela primeira vez em 2018. Logo nesse ano, o Sobreiro Assobiador, de Águas de Moura, conquistou o primeiro lugar do concurso europeu. Outras árvores icónicas como a Azinheira Secular do Monte Barbeiro, e a Sobreira Grande, de Arraiolos, chegaram ao pódio, conquistando o terceiro lugar nas edições do Tree of the Year de 2019 e 2022, respetivamente. O Eucalipto de Contige, de Sátão, considerado “a maior árvore classificada de Portugal” foi a Árvore Portuguesa do Ano em 2023, tendo ficado em 4º lugar a nível europeu.
Conheça as candidatas a representar Portugal em 2025 e participe na votação.
A azinheira de Alportel
Tem 250 anos de idade e está situada em São Brás de Alportel, no concelho de Faro. A sua dimensão impressiona: 17 metros de altura e um perímetro de tronco de 10 metros. Segundo a autarquia, foi o calor humano – de mais de dois séculos de vidas que se desenrolaram à sua sombra – que lhe conferiu o porte notável e a merecida classificação como Árvore de Interesse Público, atribuída em 1942.
O Carvalho de Calvos
Com mais de 500 anos, o majestoso Carvalho de Calvos, na Póvoa de Lanhoso, é considerado o carvalho mais antigo da Península Ibérica e o segundo mais antigo da Europa. Sobreviveu a diversas intempéries e a um incêndio, pelo que se tornou símbolo de força e resiliência. Cuidado atentamente pela comunidade, este monumento natural é um dos maiores ícones do município que lhe dedicou o Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos.
O Carvalho do Padre Zé
Tem cerca de 600 anos e 21 metros de altura. É um dos maiores exemplares, a nível mundial, da espécie Quercus faginea. Escapou de ser abatido para a produção de carvão, nos anos quarenta do século XX, graças aos esforços do padre da freguesia de Reguengo do Fetal, na Batalha. A população batizou-o, por isso, de “Carvalho do Padre Zé”.
O Cedrus Deodara da Casa de Mateus
Com o seu porte monumental, tornou-se um ícone da Casa de Mateus, em Vila Real. Tem 154 anos e mede 44 metros de altura. Vê-lo refletido pelo grande espelho de água desenhado por Ribeiro Teles, no século XX, faz parte do charme do jardim romântico daquele lugar histórico.
A Figueira da Quinta Deão
Esta figueira centenária é o elemento central e predominante de um jardim municipal do Funchal, na Madeira. Foi classificada em 2017 como Árvore Monumental. Considerada a mais antiga moradora do bairro, a comunidade devota-lhe o maior carinho e reverência.
A Figueira dos Amores
Faz parte do património vivo dos jardins da Quinta das Lágrimas, em Coimbra. Foi plantada há 150 anos, por um aristocrata coleccionador de árvores, e é fruto de trocas de sementes com o Jardim Botânico de Sydney, na Austrália. Hoje, é visitada por milhares de pessoas, que se encantam pela dimensão e beleza dos seus ramos, tronco e raízes.
A Oliveira da Nossa Senhora do Pópulo
Conta a lenda que uma imagem de Nossa Senhora do Pópulo apareceu na toca desta oliveira, localizada em Proença-Nova, Castelo Branco. O povo retirou-a várias vezes, mas a imagem regressava sempre ao seu lugar, na toca da oliveira. Construiu-se então uma igreja junto à árvore, hoje com 900 anos. Tornou-se um símbolo de paz, sabedoria, fertilidade, prosperidade e longevidade.
A Oliveira do Mouchão
Já tem 3.350 anos e está bem conservada no lugar de Cascalhos, freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes. Em 2007 foi classificada de Interesse Público e é considerada a árvore mais antiga de Portugal. Está no ranking do ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e Florestas) das Árvores Monumentais de Portugal.
Sobreiro de São Geraldo
Este sobreiro, com 20 metros de altura, foi assim batizado por estar localizado no recinto da capela com o mesmo nome, em Veiros, Estarreja. É uma árvore centenária, património florestal classificado, nome de rua e brasão de freguesia. Faz parte da história de gerações de Veirenses.
Sobreiro Centenário
Majestoso, símbolo de tradição e simplicidade, este sobreiro com 400 anos, localizado em Abela, Setúbal, irradia uma energia única. Diz-se que sob a sua vasta copa, dezenas de casais já trocaram votos de amor.