Aquecimento global e alterações climáticas – qual a diferença?

20 de Fevereiro 2023

Temos tendência para usar as duas expressões como sinónimas, mas, embora estejam intrinsecamente ligadas, são fenómenos distintos.

Aquecimento global e alterações climáticas são muitas vezes confundidos, provavelmente porque existe a ligá-los uma forte relação de causa-efeito: o aquecimento global é a principal causa das alterações climáticas.

O clima é o tempo – no sentido meteorológico do termo – que se faz sentir durante um longo período. O aquecimento global tem provocado mudanças no clima e alterações nos padrões meteorológicos, com efeitos cada vez mais visíveis.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o conceito de alterações climáticas refere-se a mudanças de longo prazo nas temperaturas e nos padrões climáticos, sendo que o aumento da temperatura é apenas o começo de uma cascata de fenómenos relacionados. As consequências das alterações climáticas incluem, entre outras, secas intensas, escassez de água, incêndios graves, aumento do nível do mar, inundações, derretimento do gelo polar, tempestades catastróficas e declínio da biodiversidade.

Todas estas consequências são consideradas, pelos cientistas, como parte do conceito, e não separados dele: “As alterações climáticas têm, assim, uma ampla gama de efeitos observados que são sinónimos do termo”, refere a NASA, que tem um programa de vanguarda apenas dedicado ao estudo destas questões: Global Climate Change – Vital Signs of the Planet (Alterações Climáticas Globais – Sinais Vitais do Planeta).

Aquecimento global: quanto e porquê

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), das Nações Unidas, definiu o aquecimento global como “um aumento combinado das temperaturas médias da superfície do ar e da superfície do mar em todo o globo durante um período de 30 anos”.

Desde o período pré-industrial, estima-se que a temperatura média global da Terra tenha aumentado cerca de 1°C. E, atualmente, está a aumentar mais de 0,2°C por década. São dados da NASA, que considera não haver qualquer margem para dúvidas sobre a origem deste acréscimo: “A atual tendência de aquecimento é inequivocamente o resultado da atividade humana, desde a década de 1950, e está a ocorrer a uma taxa sem precedentes ao longo de milénios”.

Segundo a ONU, desde 1800, a ação humana é o principal fator das mudanças no clima, principalmente devido aos combustíveis fósseis. A queima destes combustíveis (como o carvão, o petróleo e o gás) gera emissões de gases com efeito de estufa que agem como um cobertor que envolve todo o planeta, retendo o calor do sol e provocando o aumento das temperaturas.

O futuro do planeta passa pela floresta

As florestas plantadas, geridas de forma responsável, estão na origem de um conjunto de externalidades positivas decorrentes das práticas de gestão sustentável – como o sequestro de carbono, a produção de oxigénio, a promoção de biodiversidade, a proteção do solo, a regulação dos regimes hidrológicos torrenciais ou a criação de amenidades paisagísticas.

A The Navigator Company, mentora do projeto My Planet, gere mais de 105 mil hectares de floresta em Portugal, e está na vanguarda da transição para uma bioeconomia circular de base florestal. Dos 15 compromissos incluídos na sua Agenda de Gestão Responsável 2030, os dois primeiros são reveladores da prioridade atribuída pela empresa a este tema. O primeiro preconiza “desenvolver bioprodutos sustentáveis, reduzindo a dependência dos recursos fósseis e promovendo a descarbonização da economia”, enquanto o segundo estabelece a promoção da “cocriação científica e tecnológica no domínio da bioeconomia e dos bioprodutos”.

A gama gKraft de papéis de embalagem, lançada no final de 2021, é já uma realidade enquanto solução sustentável num mercado tradicionalmente dominado pelos plásticos de uso único.

Noutra frente, a Navigator apresentou recentemente os resultados do Inpactus – Produtos e Tecnologias Inovadores a Partir do Eucalipto, o maior investimento de sempre em Portugal num projeto de I&D no domínio da bioeconomia de base florestal, no montante de 14,6 milhões de euros. Desenvolvido em copromoção com o RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel, e as universidades de Coimbra e de Aveiro, focou-se na promoção de uma nova geração de bioprodutos, na criação de produtos inovadores e diferenciadores, assim como no desenvolvimento de potenciais novos negócios.