O Dia Mundial do Origami assinala-se, todos os anos, a 11 de novembro. Oportunidade para conhecer uma arte na qual a folha de papel é a essência e as mãos as ferramentas.
No mundo acelerado em que vivemos, a busca por técnicas de relaxamento e descontração, que permitam descansar a mente e “desligar” dos problemas é uma constante. Da mais tradicional meditação até aos mais recentes livros de colorir para adultos, tudo é válido desde que cumpra o objetivo de aliviar o stress. E há uma atividade “nova” a ganhar espaço nesta área: o origami.
O objetivo é criar formas tridimensionais a partir da dobragem de uma folha de papel. E, independentemente da figura que se esteja a dobrar, o origami é antisstress e meditativo – o mundo e os problemas desaparecem à medida que as pessoas se focam nos seus dedos e no papel.
O equilíbrio perfeito entre dar largas à criatividade e seguir regras é um dos principais encantos desta atividade. Por um lado, mesmo as pessoas menos “artísticas” conseguem criar algo belo se seguirem as regras. Por outro, seguir regras passo a passo é apaziguante para o cérebro humano; é um elemento de concentração, que limpa a mente das distrações e das preocupações.
Os livros de História dizem-nos que o papel foi inventado na China, por Ts’ai Lun, no ano 105. E o bom senso diz-nos que, se havia papel, então também haveria dobragem de papel. No entanto, nem toda a dobragem de papel, pura e simples, é origami. Assim, sem certezas, mas com um relativo consenso, assume-se que o termo teve origem no Japão, onde se dobra papel há pelo menos 400 anos, para fins decorativos, funcionais e cerimoniais.
Os segredos do papel deixaram a China por volta do ano 750, iniciando a sua viagem até à Ásia Central e, depois, à Europa. Quanto ao origami, há quem ache que também viajou do Japão para a Europa, e quem encontre evidências de que se desenvolveu num lado e noutro de forma independente. O certo é que as ideias e os métodos foram-se misturando, até que o origami se tornou no que hoje conhecemos.
Apesar dos benefícios enquanto “atividade zen”, o origami é exigente. Os verdadeiros mestres praticam há décadas e as instruções de dobragem mais complexas são elaboradas por matemáticos e podem envolver muitas centenas de dobras e vincos intrincados. No entanto, não é preciso dobrar como um mestre para que a mente retire benefícios para lidar com o stress e reencontrar o equilíbrio. Basta aprender os princípios básicos e divertir-se a tentar.