O papel tornado arte

4 de Março 2022

Natural, reciclável e biodegradável, o papel é um material versátil e amigo do ambiente, que encerra um mundo de possibilidades artísticas.

Histórias com vida

Tudo começou quando Jodi Harvey se enfeitiçou por uma caixa de livros antigos. Desde então, os seus personagens preferidos ganham vida fora dos livros, em esculturas de papel em 3D, dando um novo visual ao “pop-up”. E há de tudo. Personagens humanos, criaturas marinhas, navios gigantescos, aeronaves, balões de ar ou paisagens, retratam cenas literárias e capturam a atmosfera de mundos maravilhosos.

“Os livros que gostamos de ler deveriam ganhar vida”, justifica a artista, que assim encontrou uma forma de reunir as suas duas grandes paixões: a arte e a literatura. Uma união que retrata “ao vivo” o que tantas vezes imaginámos na leitura daquelas páginas.

As peças de Jodi Harvey, criadas à mão e protegidas por um acabamento que lhes garante uma maior longevidade, já foram expostas em mostras de galerias e até há fãs a pedir obras personalizadas.

©Jodi Harvey

Origami em miniatura

Rinocerontes, libélulas, pombos, guaxinins, borboletas, pandas, golfinhos, unicórnios, flores e bicicletas saem das mãos de Ross Symons. O artista sul-africano especializou-se em miniaturas de origamis. Com mais de 100 mil seguidores no Instagram, deu assim outro fôlego a esta arte milenar japonesa de fazer figuras com papel dobrado.

A primeira peça de origami que fez foi um guindaste, em 2002. Hoje, é capaz de fazer esse mesmo guindaste em menos de 30 segundos, de olhos fechados, mas outros dos seus projetos podem levar até duas horas. Descobriu esta arte quase acidentalmente, mas acabou por deixar o mundo da publicidade para se dedicar a tempo inteiro à arte de dobrar papel à mão.

“Comecei a gostar tanto que decidi tornar isto numa carreira e partilhar o meu amor pelo origami”, diz. Uma carreira que se vai desdobrando por exposições, instalações, animação em stop motion e trabalhos por encomenda.

©Ross Symons