Caducifólias. Do latim “caducus” (“o que cai”) e “folium” (“folha”). Adjetivo usado para se referir a plantas ou árvores cujas folham caem. São as responsáveis pela nossa típica paisagem de outono.
Nas regiões de clima temperado, entre os círculos polares e os trópicos, o outono é marcado pelas folhas que, lentamente, caem das árvores, deixando o chão coberto por um tapete suave e colorido. São regiões expostas a massas de ar quente e frio, o que faz com que tenham quatro estações, e esta queda da folha prepara as árvores para enfrentar o frio do inverno.
No outono os dias ficam mais curtos, e, com menos luz solar, a produção de clorofila é interrompida e a pigmentação das folhas começa a degradar-se, deixando-as amareladas, alaranjadas ou avermelhadas. A planta começa, então, a produzir uma fito-hormona chamada ácido abcísico, que se acumula na base da haste das folhas, o pecíolo, matando as células daquela região. Desta forma, o pecíolo acaba por se romper, e a folha cai. Parece dramático, mas é uma coisa boa: as folhas deixam de precisar de ser alimentadas pela árvore, e esta pode, assim, usar essa energia que poupa para o seu próprio aquecimento.
As folhas que caem enriquecem o solo sob a árvore, e, além de servirem de alimento a muitos seres vivos que aí se desenvolvem, o ciclo completa-se quando a árvore volta a utilizar os nutrientes perdidos com a queda da folha.
Certas árvores caducifólias, depois de perderem as suas folhas, florescem. É uma ação que nem sempre é bem-sucedida, pois requer maior esforço por parte da árvore, e, se as temperaturas forem muito baixas, podem danificar as novas flores. Mas, quando resulta e as árvores, efetivamente, florescem, é algo que contribui para a polinização, uma vez que, na ausência de folhagem, as flores são facilmente detetadas por insetos. Além disso, sem folhas para “atrapalhar”, o vento é também responsável pela dispersão mais eficiente do pólen.
São exemplos de árvores caducifólias alguns carvalhos, as nogueiras ou as faias.