“Cuidar dos solos: medir, monitorizar, gerir” – o tema deste ano do Dia Mundial dos Solos destaca a importância do conhecimento científico para a sua gestão e preservação. A floresta tem um papel fundamental na proteção deste recurso vital.
Desde 2013, o dia 5 de dezembro foi instituído pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) como o Dia Mundial do Solo. Tornou-se, assim, um dia de reflexão e de consciencialização, que procura mostrar que este é um recurso limitado, indispensável para a vida no planeta, focando-se na importância da sua gestão sustentável.
O tema deste ano – “Cuidar dos Solos: medir, monitorizar, gerir” – destaca a importância dese recorrer à mais atualizada informação científica disponível para a tomada de decisões estratégicas que permitam a gestão sustentável dos solos e a segurança alimentar.
Um solo saudável é essencial para a produção de alimentos, armazenamento de água e preservação da biodiversidade. Neste contexto de interligação, os solos das florestas desempenham um papel estratégico na prevenção da erosão – um dos maiores desafios àescala global, quando o tema é a proteção deste recurso vital.
As raízes das árvores ajudam a fixar a camada superficial da terra, enquanto as suas copas reduzem o impacto direto das chuvas, minimizando o escoamento superficial e a perda de nutrientes. A camada de detritos vegetais — composta por folhas, galhos e outros materiais orgânicos — cria uma cobertura protetora que regula a temperatura do solo, reduz a exposição a eventos climáticos extremos e melhora a sua fertilidade. Essa regeneração é crucial para a biodiversidade subterrânea e para uma produção sustentável. Assim, quando bem gerida, a floresta oferece todas as funções protetoras que o solo exige.
Mas a floresta também tem um papel fundamental no ciclo hidrológico, potenciado pela sua relação com o solo: ao promover a infiltração de água no terreno, prevenindo problemas como inundações e secas, contribui para o reabastecimento de aquíferos e o armazenamento hídrico.
Da mesma forma, ao combater a desertificação e reverter a degradação dos solos, a floresta torna-se ainda mais determinante no combate às alterações climáticas, uma vez que o solo é também um dos mais importantes reservatórios de carbono do planeta.
O papel das florestas plantadas
Se bem geridas, as florestas plantadas podem exercer um papel semelhante ao das florestas naturais na proteção do solo. É precisamente isso que acontece nas florestas sob responsabilidade da The Navigator Company, mentora do projeto My Planet,
A sua gestão responsável inclui um conjunto de avaliações no terreno, através do levantamento das principais variáveis de solo e clima que condicionam a aptidão de determinada área para plantação de eucalipto. Esta metodologia tem um nome complicado – zonagem edafoclimática –, mas os seus princípios são simples e os seus resultados fazem a diferença quando se procura a proteção dos solos.
A técnica permite estratificar uma propriedade em unidades menores, designadas “zonas homogéneas”, adaptando as melhores práticas a cada zona. A zonagem edafoclimáticaencontra-se na linha da frente do que de mais avançado se faz no mundo em termos de silvicultura, e é a base do projeto florestal da Navigator. Permite à empresa não só respeitar o equilíbrio ambiental e proteger a saúde dos solos, mas também potenciar as características de cada território, conduzindo à sua valorização.