Os elefantes são criaturas amáveis, que, apesar das suas seis toneladas de peso e quase quatro metros de altura, derretem o nosso coração.
Existem duas espécies de elefantes no mundo: elefantes africanos e elefantes asiáticos. E ambas são espécies em risco. No entanto, estudos genéticos mais recentes sugeriram que o elefante africano se deveria dividir entre elefantes da savana e elefantes da floresta. E o último relatório da IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza, já inclui esta distinção na elaboração da sua Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. Assim, o elefante africano da floresta (Loxodonta cyclotis) está agora listado como “criticamente em perigo” e o elefante da savana (Loxodonta africana) como “em perigo”.
Os elefantes asiáticos (Elephas maximus) percorrem as florestas e pradarias na Índia e no sudeste da Ásia. E a população de elefantes africanos migra por florestas densas e desertos áridos em 37 países da África Subsariana.
Estes animais sencientes são grandes e pesados: os elefantes asiáticos pesam até seis toneladas e podem atingir mais de 3,5 metros de altura, enquanto os africanos variam de 2,5 a 4 metros de altura e pesam mais de seis toneladas e meia. Ambos têm uma expectativa de vida entre 60 e 70 anos.
Memória de elefante
A lendária memória de elefante tem uma razão de ser: são os mamíferos terrestres que possuem os cérebros maiores. Têm a capacidade de se lembrarem de locais distantes para beber água ou encontrar comida, de outros elefantes e até de humanos com que se cruzem – mesmo passados muitos anos.
Os conhecimentos são passados de geração em geração, através das matriarcas, numa partilha de informação crucial para a sua sobrevivência.
Mais: os elefantes exibem um profundo conhecimento da comunicação humana. Investigadores do Parque Nacional Amboseli, no Quénia, passaram uma gravação com vozes de dois grupos diferentes – um que atacava os elefantes, e outro que não. Quando os animais ouviam as vozes do grupo que temiam, agiam defensivamente, juntando-se mais uns aos outros e farejando o ar para investigar. Os investigadores também descobriram que os elefantes respondiam com menos intensidade às vozes femininas e masculinas mais jovens, ficando mais agitados com as vozes dos machos adultos.
É mais ou menos do senso comum que os elefantes gostam de brincar na água: já todos vimos imagens deles a “tomarem duche” com as suas trombas ou a salpicarem-se uns aos outros. O que já pode ser uma surpresa é que estas enormes criaturas são excelentes nadadores.
Os seus corpos gigantes têm flutuabilidade suficiente para se manterem à superfície, e usam as pernas para “remar”. Ao cruzarem águas profundas, usam a tromba como “snorkel”, pelo que conseguem respirar, mesmo quando submersos.
São criaturas altamente sociais e inteligentes, que demonstram comportamentos que nós, humanos, reconhecemos como compaixão, bondade e altruísmo. Num estudo relativo ao comportamento dos elefantes, os investigadores descobriram que, quando um elemento da manada ficava angustiado, os outros respondiam com vocalizações e toques, para o consolar. Os elefantes também demonstram comportamento empático e movimentos de “ajuda direcionada”, coordenando-se entre si para ajudar um indivíduo doente ou ferido.
Estes gentis gigantes vivem longe, mas podemos ajudar na sua preservação, no que diz respeito à ameaça humana: não compre, venda ou use itens que contenham marfim. Também pode apoiar a International Elephant Foundation ou adotar um elefante através do WWF (World Wide Fund for Nature).