Investimento de 54 milhões de euros na nova caldeira de biomassa na Figueira da Foz permitirá eliminar quase um terço do dióxido de carbono fóssil lançado na atmosfera pela companhia, já em 2021.
A caldeira de biomassa recentemente inaugurada no complexo industrial da Figueira da Foz pela The Navigator Company vai provocar uma redução de 30% nas emissões de dióxido de carbono fóssil do grupo, já no próximo ano, o que representará um corte de 150 mil a 200 mil toneladas por ano.
A Navigator tenciona eliminar 86% das suas emissões de CO2 até 2035, tornando os seus complexos industriais neutros em carbono. Um compromisso ambicioso, que foi a primeira empresa portuguesa a assumir, e uma das primeiras a nível mundial, e que antecipa em 15 anos os objetivos de descarbonização nacionais e europeus. A nova caldeira de biomassa é o primeiro grande passo desta estratégia, tendo implicado um investimento global de 54 milhões de euros, incluindo um financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI), no valor de 27,5 milhões, no âmbito do Plano de Investimento para Europa.
Os 14% de emissões que não se conseguem eliminar serão compensados através da floresta gerida pela empresa ou de outras tecnologias.
O novo equipamento, com a melhor tecnologia disponível, permitirá produzir energia térmica para os processos produtivos, a partir de biomassa residual florestal. Além de garantir elevada eficiência energética, através da cogeração, a caldeira tornará a fábrica de Figueira da Foz na primeira do grupo com energia elétrica totalmente produzida a partir de fontes renováveis.
Metade da biomassa que alimentará a nova estrutura resultará do descasque interno da madeira do eucalipto (casca e serrim). As restantes 200 mil toneladas serão resíduos florestais decorrentes das operações de gestão florestal e de limpeza de áreas rurais.
Legenda Fotografia
A nova caldeira é alimentada a biomassa florestal.
