Investigadores uniram-se na criação de um novo organismo público com o objetivo de desenvolver estratégias eficazes para a proteção e restauro de ecossistemas terrestres e aquáticos.
A conservação da biodiversidade e a promoção da sustentabilidade têm um novo organismo em sua defesa. O recém-nascido Observatório do Restauro da Natureza surgiu de uma parceria entre a terra e o mar, ou seja, entre o MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento, sediado na Universidade de Évora, e o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, que tem naquela universidade uma das suas oito Unidades Regionais de Investigação.
O Observatório do Restauro da Natureza pretende contribuir, com conhecimento técnico e científico, para a orientação de políticas públicas de conservação e de restauro ambiental, bem como para o aconselhamento de práticas que respeitem a sustentabilidade social e económica.
Num contexto em que é preciso fazer mais para enfrentar a crise ambiental, o novo Observatório surge poucos meses após ter sido aprovada a Lei do Restauro da Natureza pela União Europeia, e em plena Década das Nações Unidas para a Recuperação dos Ecossistemas.
Especialistas do MED e do MARE, de áreas como a biologia, a ecologia, as ciências ambientais, a agronomia e a engenharia, pretendem desenvolver estratégias eficazes para a conservação da biodiversidade e para a promoção da sustentabilidade ambiental, em diversos contextos, onde se incluem ecossistemas terrestres e aquáticos:
- sistemas agroflorestais;
- ecossistemas aquáticos como rios, estuários, e zonas costeiras.
Os sistemas produtivos do futuro
Para o desenvolvimento dessas estratégias, as duas unidades de I&D querem promover projetos inovadores, privilegiando ações de restauro ecológico que incorporem soluções baseadas na natureza. No comunicado publicado pelo MED, Fátima Baptista, diretora daquele centro de investigação, refere que “no contexto dos sistemas produtivos, o futuro requer que estes sejam mais resilientes e adaptados às alterações globais, sendo essencial desenvolver, divulgar e adotar estratégias de produção e de conservação, de forma a encontrar um equilíbrio entre a produtividade agrícola, a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento económico a longo prazo”.
É precisamente esse equilíbrio que a The Navigator Company, mentora do projeto My Planet, promove através da sua gestão florestal responsável. Nos mais de 107 mil hectares de floresta que gere em Portugal continental, a Companhia mostra que é possível conciliar objetivos produtivos com aqueles que estão exclusivamente ligados à conservação da biodiversidade. Mas vai mais longe, promovendo, sempre que possível, ações de restauro ou reabilitação ecológica. Só no ano passado, 191 hectares de áreas florestais sob gestão da Navigator foram alvo destas ações.
O novo Observatório vai promover projetos inovadores, privilegiando ações de restauro ecológico que incorporem soluções baseadas na natureza.