Quando a natureza precisa de uma “mãozinha”

15 de Julho 2024

No Zambujo, Idanha-a-Nova, a Navigator está a promover o restauro ecológico de uma zona em pleno Parque Natural do Tejo Internacional.

A promoção de ações de restauro de ecossistemas e reabilitação de habitats é um dos pilares da estratégia de conservação e promoção da biodiversidade da The Navigator Company, mentora do projeto My Planet. Na sua gestão florestal responsável, a Companhia aborda os ecossistemas como um todo, pois, ao melhorar as condições do habitat, está a promover a presença de todas as espécies que dele dependem.

Em 2023, cerca de 191 hectares foram alvo de ações de restauro, com o objetivo de manutenção ou melhoria do estado de conservação de habitats naturais e seminaturais. Destaca-se o projeto Zambujo reCover pela sua dimensão e impacto.

Esta ação de restauro abrange 110 hectares – o equivalente a 110 campos de futebol – na propriedade Zambujo, no concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, em pleno Parque Natural do Tejo Internacional. Pretende-se conseguir um incremento da resiliência do habitat aos efeitos da desertificação, das alterações climáticas e dos incêndios, através do fomento de povoamentos com espécies arbóreas e arbustivas com ecologia adaptada à seca e à aridez. Entre estas, destaca-se a azinheira (Quercus rotundifolia).

Novas e velhas azinheiras

Iniciado no final de 2022, este projeto é financiado pelo Programa COMPETE 2020 no âmbito da medida “Apoio à transição climática/Resiliência dos territórios face ao risco: Combate à desertificação através da rearborização e de ações que promovam o aumento da fixação de carbono e de nutrientes no solo” (REACT-EU/FEDER).

As intervenções de fundo no terreno decorreram, na sua maioria, ao longo de 2023. A primeira fase consistiu no corte e desvitalização das toiças de eucalipto, plantação de azinheira, corte seletivo de vegetação para promoção da regeneração das espécies florestais e pré-florestais características do azinhal, e podas para ajudar no processo de dominância das árvores existentes.

A segunda fase consistirá na monitorização da evolução do restauro e na realização de intervenções necessárias para cumprir o objetivo, tentando medir o impacto positivo na biodiversidade. Cerca de 40 hectares de floresta de produção foram convertidos em azinhal. Na restante área alvo de intervenção, serão realizadas ações de melhoria do estado de conservação do azinhal que ali se encontra naturalmente.

Saiba mais sobre a importância do restauro ecológico e sobre a Década das Nações Unidas para a Recuperação dos Ecossistemas no nosso artigo “Restauro ecológico: dar nova vida ao planeta”.

Pretende-se um incremento da resiliência do habitat aos efeitos da desertificação, das alterações climáticas e dos incêndios, através de povoamentos com espécies arbóreas e arbustivas com ecologia adaptada à seca e à aridez.