Sustentabilidade de A – Z

28 de Janeiro 2022

Sustentabilidade é um termo recente, que abrange uma multiplicidade contemporânea de ideias e conceitos. Para que não se perca num mar de noções confusas e siglas incompreensíveis, descodificamos as principais.

O conceito de sustentabilidade começou a ser delineado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em junho de 1972, em Estocolmo, na Suécia. Mais tarde, em 1987, a Comissão Brundtland das Nações Unidas definiu o desenvolvimento sustentável como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as gerações vindouras satisfazerem as suas próprias necessidades”.

É uma palavra complexa, que abarca um sem-número de outras palavras e siglas, que podem confundir. Explicamos dez das mais utilizadas. Para um “glossário” mais completo, consulte a última edição da nossa revista, aqui.

Aumento observável das temperaturas em todo o planeta (na atmosfera e nos oceanos), como resultado da acumulação de dióxido de carbono e outros gases de efeito de estufa. É a face mais visível das alterações climáticas.

Utilização de recursos naturais renováveis, aliados às novas tecnologias, para inovar processos e produtos em todos os setores, visando uma economia sustentável. Ao integrar todos os setores e sistemas numa cadeia assente em recursos biológicos, a bioeconomia prepara o caminho para uma sociedade mais inovadora, competitiva e eficiente na utilização sustentável dos recursos renováveis para fins industriais e na proteção do ambiente.

Medida internacional que expressa a quantidade, em forma de dióxido de carbono (CO2), do potencial de aquecimento global dos restantes gases com efeito estufa.

Petróleo, carvão mineral e gás natural. Derivam de um processo muito lento de decomposição de animais e plantas. Grande parte dos que utilizamos atualmente foram formados há milhões de anos e não são renováveis na escala de tempo humana. A queima destes combustíveis é apontada como uma das causas do efeito de estufa e aquecimento global.

Modelo económico fechado, focado na eliminação do desperdício. Substituindo o conceito de economia linear (baseado em extrair, produzir e descartar), a economia circular aposta em fluxos circulares de reutilização, restauração e renovação, num processo integrado que promove o crescimento económico e a sustentabilidade dos recursos.

São gases atmosféricos que dificultam ou impedem a dispersão para o espaço da radiação solar que é refletida pela Terra. Por um lado, é o efeito de estufa que possibilita a manutenção de uma temperatura que permite que haja vida na Terra. Por outro, o crescimento das emissões destes gases, por ação humana, leva a uma concentração na atmosfera demasiado elevada e conduz ao aquecimento excessivo do planeta. Os mais nocivos são: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e os hidrofluorcarbonetos (CFCs).

Visa a utilização profissional das florestas de forma ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável. Isto é, implica um ritmo de produção compatível com a manutenção da biodiversidade e a capacidade de regeneração dos recursos naturais, de forma a garantir, agora e no futuro, as funções ecológicas, económicas e sociais das florestas.

A Organização das Nações Unidas estabeleceu 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável que, resumidamente, apelam à ação para acabar com a pobreza, visam proteger o meio ambiente e o clima, e procuram garantir que as pessoas, à escala global, possam desfrutar de paz e prosperidade.

Representa o volume total de gases de efeito estufa – expresso em CO2 equivalente – gerado pelas atividades económicas e quotidianas do Homem. No plano pessoal, são as emissões que um indivíduo origina no dia-a-dia para se deslocar, alimentar, vestir, etc.

Processo de captura de grandes quantidades de dióxido de carbono presentes na atmosfera, que ocorre, sobretudo, em florestas e oceanos, por meio da fotossíntese.