Tudo o que precisa de (deixar de) saber sobre alguns animais

1 de Abril 2024

Ao contrário daquilo em que acreditámos toda a vida, os camelos NÃO armazenam água nas bossas e as avestruzes NÃO escondem a cabeça na areia. Neste Dia das Mentiras, contamos-lhe toda a verdade sobre estes e outros mitos associados a certos animais.

É provável que lhe tentem impingir várias mentiras neste dia 1 de abril. A My Planet, pelo contrário, vai libertá-lo de algumas. Ou seja, queremos contribuir para que deixe de acreditar em factos falsos sobre alguns animais. Incluindo aquelas ideias que, apesar de não terem qualquer ligação à realidade, estão muito enraizadas em expressões que usamos todos os dias.

As avestruzes NÃO enterram a cabeça na areia

Por mais assustadas que estejam, as avestruzes não enfiam a cabeça no chão. Mais facilmente saem a correr, perante o perigo, pois são bastante velozes. O que é que esteve, então, na origem deste mito que inspirou a expressão “enterrar a cabeça na areia, como a avestruz” para referir uma atitude de fuga aos problemas? Por um lado, este animal vive no meio de erva rasteira, mas alta o suficiente para esconder a sua pequena cabeça quando baixa o longo pescoço para comer, e esses momentos podem criar uma ilusão de cabeça enterrada. Outra provável causa é que as mães avestruzes colocam os ovos em buracos, no solo, e depois, durante a incubação, baixam a cabeça várias vezes ao dia para os girar – mais uma vez podendo levar observadores ao engano, por deixarem de ver a cabeça do animal.

Os cães e os gatos NÃO veem só a preto e branco

Afinal, os nossos companheiros peludos veem um mundo mais colorido do que a maioria das pessoas julga. Para além de uma alargada paleta de cinzentos, os cães e os gatos vislumbram os azuis e versões do amarelo. Na realidade, identificam cerca de 10 mil cores, o que só parece pouco se revelarmos que a visão humana consegue identificar um milhão. Em compensação, estes animais têm a capacidade de detetar movimentos de objetos e as suas trajetórias com um detalhe extremamente exato. E têm, por outro lado, uma visão mais eficiente do que os humanos em situações de pouca luz.

As lágrimas dos crocodilos NÃO são fingidas

Se o acusarem de chorar “lágrimas de crocodilo”, saiba que o insulto – destinado a insinuar fingimento – não tem qualquer razão de ser. A expressão tem origem no facto de os crocodilos “chorarem” enquanto comem as suas presas, mas os investigadores asseguram que as suas lágrimas são uma reação fisiológica, verdadeira, que nada tem a ver com falsos remorsos ou hipocrisia. Também é verdade que ainda não descobriram qual o mecanismo preciso que está na origem desta reação. Uma teoria avança que o lacrimejar poderá dever-se ao ar que é pressionado pelo nariz enquanto estes animais se alimentam.

Os camelos NÃO armazenam a água nas bossas

É certo que aquelas protuberâncias nas costas deste animal de geografias quentes resultam de uma adaptação que o ajuda a sobreviver com poucos recursos. Mas não é verdade que sejam depósitos de água. São antes uma espécie de “armazéns” de gordura para quando os alimentos escasseiam. Se os camelos aguentam muito tempo sem se reidratar é porque a água extra que ingerem, quando têm acesso a este recurso – sim, conseguem beber até 75 litros de uma vez – fica guardada na sua corrente sanguínea, e não nas suas bossas.

Os touros NÃO ficam zangados quando veem vermelho

É provável que fique surpreendido ao saber que os touros, na verdade, não só não ficam enfurecidos pela cor vermelha, como nem sequer a veem. Aquilo que provoca a reação destes animais corpulentos durante uma tourada é o movimento das capas dos toureiros. O mais provável é que invistam contra qualquer objeto que esteja a ser agitado, independentemente da cor. Já agora, saiba que os touros também não têm a capacidade de distinguir o verde.