Vigilantes da Natureza: na linha da frente da proteção ambiental

29 de Julho 2024

Guardiões da biodiversidade e do equilíbrio dos ecossistemas, os vigilantes da Natureza protegem o património natural que é de todos. 31 de julho é dia de os celebrar.

Em todos os cantos do mundo, heróis silenciosos dedicam-se a proteger e preservar o nosso ambiente natural. Falamos dos vigilantes da Natureza, cujo trabalho se homenageia no dia 31 de julho.

A efeméride foi instituída em 2007 pela International Ranger Federation (IRF) – uma organização criada no Reino Unido, em 1992, com o objetivo de promover a troca de experiências e boas práticas destes profissionais à escala global, destacando a sua importância na preservação da biodiversidade e na manutenção dos ecossistemas.

Os vigilantes da Natureza portugueses

Distribuídos pelo continente e ilhas, existem cerca de 300 vigilantes da Natureza em Portugal. “Um número muito reduzido face às necessidades do território nacional”, considera João Correia, membro da Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza, em declarações à My Planet. Além disso, acrescenta, “trabalhamos com poucos meios e com pouco reconhecimento pelo que fazemos no que diz respeito à preservação do nosso património natural.”

Atualmente, os vigilantes da Natureza encontram-se na dependência do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), ou das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRs), ou ainda da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

São, muitas vezes, os primeiros a detetar incêndios florestais e a dar o alerta. Mas assumem várias outras funções, como a participação em projetos de reflorestação, a recolha de animais feridos, a colaboração em programas de reintrodução de espécies ameaçadas – como o lince-ibérico, a cabra-do-Gerês ou a foca-monge – e de manutenção da nossa flora (como a floresta Laurissilva, na Madeira). Também importante é o seu envolvimento em estudos no âmbito da conservação e monitorização da biodiversidade, bem como o seu papel em fazer cumprir a legislação que regula a conservação da natureza, em domínios tão diferentes como a caça, a pesca ou os incêndios rurais – a sua ação inclui vistorias e inspeções, no quadro da fiscalização. São igualmente essenciais na sensibilização das comunidades locais para as questões da preservação dos habitats.

O vasto conjunto de ações que os vigilantes da Natureza assumem, muitas vezes de forma impercetível, é vital para a proteção do meio ambiente e para a garantia de um futuro sustentável.

Portugal conta com cerca de 300 vigilantes da Natureza.