“Feliz Natal” na tua letra: o valor de um postal

11 de Dezembro 2023

Mais do que simples votos, são testemunhos do espírito da época: aproximam remetente e destinatário pelo toque do papel, pelo fascínio das ilustrações e pela mensagem manuscrita personalizada. Num mundo cada vez mais digital, ainda há lugar para os postais de Natal?

Transportam mensagens de amor, de saudade, de celebração e de esperança. E, quando guardados ao longo dos anos, tornam-se testemunhas silenciosas de laços afetivos que resistem ao tempo. A troca de postais de Natal fortalece elos emocionais e traz mais calor à época festiva, que é, por excelência, tempo de pensar nos outros. Os postais de papel – com a sua textura e a letra manuscrita de quem os envia – são guardiões de uma tradição que valoriza a experiência sensorial e que captura a essência da união e do espírito natalício.

A mudança de paradigma trazida pela entrada em cena dos meios digitais fez com que as mensagens instantâneas e as saudações virtuais tivessem relegado os postais de Natal para o domínio da nostalgia. A facilidade e a rapidez da comunicação online são inegáveis, mas há uma perda irreparável nesta transição. A sensação de segurar algo físico e a emoção de abrir um envelope fechado, com uma mensagem personalizada e escrita à mão, não são comparáveis à sucessão de imagens que nos chegam através dos ecrãs, sem qualquer marca de quem as envia ou de personalização para quem as recebe.

Num mundo dominado pela tecnologia, há diversas razões para continuar a enviar os tradicionais postais de Natal. Eles constituem uma pausa bem-vinda, que serve de travão ao constante fluxo de mensagens eletrónicas, e, ao optar pelo papel, há uma consideração consciente pela sustentabilidade. A possibilidade de utilizar este material natural, proveniente de florestas com uma gestão ativa e responsável, como as que suportam a atividade da The Navigator Company, mentora do projeto My Planet, garante o compromisso com práticas ecológicas, alinhando-se num entendimento mais amplo da responsabilidade ambiental, durante um período em que a natureza e o planeta merecem cuidados redobrados.

Os primeiros postais de Natal

A história dos postais de Natal remonta ao século XIX, durante a era vitoriana, em Inglaterra. Os primeiros cartões de Boas Festas datam da década de 1840, quando Sir Henry Cole – um proeminente educador e funcionário público – estava sobrecarregado com a tarefa de responder a uma pilha de cartas de felicitações de Natal. Para simplificar o processo, encomendou a um artista chamado John Callcott Horsley uma imagem que pudesse transmitir as saudações festivas que desejava retribuir. O resultado foi o primeiro postal de Natal, em 1843, conhecido como “Postal de Natal de Cole”. Os primeiros postais eram retratos coloridos, que capturavam cenas festivas e tradicionais da época.

Ao longo do tempo, a ideia ganhou aceitação e os postais de Natal tornaram-se uma parte essencial da celebração. A sua produção expandiu-se rapidamente com a revolução postal e com o advento da impressão em massa, tendo-se tornado numa maneira acessível e popular de enviar calorosas saudações de Natal a amigos e familiares.


O primeiro postal de Natal impresso, em 1843

Uma árvore que chega pelo correio 

A The Navigator Company continua fiel à tradição dos postais em papel. Este ano, produziu uma série com quatro ilustrações da espécie Eucalyptus globulus, a alma do papel que produz e exporta para 130 países. Uma forma de enviar votos de Boas Festas a todos os seus stakeholders, celebrando em simultâneo a matéria-prima sustentável que está na base da atividade da Companhia. Não sendo uma árvore de Natal, no sentido clássico, é, claramente, a árvore que une quem envia a quem recebe.