A busca por natureza nos espaços urbanos é cada vez maior. A solução passa por jardins verticais, que trepam paredes e cobrem fachadas de edifícios por inteiro.
As pessoas precisam da natureza. Especialmente na cidade, onde passam a maior parte do dia em espaços fechados. Quando nos rodeamos de árvores e vegetação, o batimento cardíaco diminui, a respiração torna-se mais profunda, a criatividade e a capacidade de concentração aumentam e o sistema imunitário sai fortalecido. Mas encontrar a natureza no confinamento da vida urbana nem sempre é fácil. Ainda assim, pouco a pouco, a vida verde começa também a estabelecer-se aí, num movimento que está a criar raízes em toda a parte, de Nova Iorque à Malásia, de estações de comboio a edifícios de empresas e casas particulares, no interior e no exterior.
Chama-se arquitetura biofílica e é uma forma inovadora e orgânica de design de ambientes, que utiliza elementos da natureza para transformar espaços, integrando-a em todos os cantos e recantos da cidade.
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Patrick Blanc junto ao seu jardim vertical no Museu Jacques Chirac, em Paris.
Nesta busca pela harmonia entre as cidades, as pessoas e a natureza, o botânico Patrick Blanc tornou-se um nome de referência. Pioneiro na utilização do conceito de jardins verticais, através de uma tecnologia patenteada criada por si (o “Mur Végétal”), que permite que as plantas cresçam e se desenvolvam sem terra, as suas obras dão vida a edifícios um pouco por todo o mundo.
Parte cientista, parte artista, Blanc escolhe as plantas que utiliza com muito cuidado, apoiando-se no seu vasto conhecimento botânico e no seu trabalho no Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica. Para o “solo”, utiliza uma combinação de PVC e feltro de poliamida, capaz de suportar as estruturas das raízes de muitas plantas. Onde o solo erodiria ou, simplesmente, cairia, este dispositivo do botânico francês está feito para durar centenas de anos.
Os jardins verticais de Patrick Blanc estão espalhados pelo mundo, de Nova Iorque à Austrália, passando por Kuala Lumpur, Paris e… Amadora. Em Portugal, foi a praça coberta do shopping Dolce Vita Tejo (agora UBBO) que recebeu um jardim com a assinatura do famoso botânico.
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As paredes da praça central do shopping da Amadora, revestidas a três quartos pelo jardim vertical de Patrick Blanc.
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