A paixão pelas livrarias é assinalada a 30 de novembro. Neste dia celebra-se também o papel dos livreiros e a sua perseverança num mundo dominado pelo digital.
São refúgios para mentes inquietas, espaços de encontro e de diálogo, verdadeiros tesouros que levam a descobertas inesperadas. Percorrer os seus corredores e as suas estantes, sentindo o cheiro do papel, é uma jornada sensorial que o mundo digital ainda não conseguiu replicar. As livrarias resistem e erguem-se hoje como bastiões de cultura, num cenário dominado por ecrãs e algoritmos.
O Dia da Livraria e do Livreiro assinala-se em Portugal a 30 de novembro, com um convite aos leitores para celebrarem o prazer e a importância da leitura com uma visita a uma livraria. Um hábito que tem vindo a crescer, como atestam os mais recentes números das vendas de livros.
De acordo com o estudo “Mercado do Livro e Hábitos de Compra em Portugal”, realizado nos meses de julho e agosto de 2023, divulgado pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), 62% dos portugueses compraram livros em 2022, sendo que 23% compraram mais do que no ano de 2021. Os mais jovens, entre os 15 e os 34 anos, são quem mais livros compra, representando 28% do total de vendas. Nesta faixa etária, registou-se um aumento de 44% na compra de livros face ao período pré-pandemia. O formato físico e as lojas físicas continuam a ser preferenciais, representando 99% e 88% das vendas, respetivamente.
Na divulgação do relatório da consultora GfK relativo ao mercado do livro no terceiro trimestre deste ano, a APEL considerou que “a evolução do mercado, tanto em volume como em valor, deixa antever um ano de 2023 positivo para o setor, sendo um sinal otimista de que o consumidor vai redescobrindo o gosto pelo livro e pela leitura”.
E se as livrarias são locais de intensa atividade cultural que ajudam a formar cidadãos mais informados, mais cultos e mais livres, também os livreiros se destacam como curadores atentos no meio da imensidão das opções online.
