Portugal registou a maior subida dos países da União Europeia no ranking que avalia o progresso na implementação de políticas de eficiência energética, ocupando agora a sétima posição.
O relatório Energy Efficiency Watch relativo a 2020, coordenado pelo Fórum Europeu para as Fontes de Energia Renovável (EUFORES), mostra que Portugal deu um salto gigante face à anterior avaliação (2015), subindo da 21.ª para a 7.ª posição em termos de eficiência energética.
Uma subida que os especialistas do EUFORES atribuem à evolução positiva na eficiência energética na indústria, nos transportes e nos edifícios.
A avaliação de Portugal neste relatório teve também nota máxima na forma como a eficiência energética está a ser abordada ao nível do debate público. O EUFORES considera que as questões climáticas estão a ter um efeito benéfico e de mobilização junto do setor da energia e do público em geral, e que os incentivos apresentados nas metas portuguesas para a neutralidade carbónica em 2050 – que mostram uma maior ambição ao nível das políticas nacionais de eficiência energética – não são alheios a estes resultados.
Estes avanços são bastante positivos, mas, como a eficiência energética tem um papel importante no combate às alterações climáticas, há ainda muito a fazer: “O mundo tem um caminho viável para construir um setor de energia global com emissões líquidas zero em 2050, mas é exigente e requer uma transformação sem precedentes de como a energia é produzida, transportada e usada globalmente”, refere a Agência Internacional de Energia no seu roteiro “Net Zero by 2050: A Roadmap for the Global Energy Sector”, que traça um caminho global para a neutralidade carbónica em 2050.
A The Navigator Company, mentora do projeto My Planet, tem como meta atingir a neutralidade carbónica nas suas unidades fabris até 2035, 15 anos antes dos objetivos nacionais e europeus. E a eficiência energética é parte fundamental da estratégia para cumprir este objetivo. Nesta área, os seus compromissos passam pela produção de 100% da energia elétrica a partir de fontes renováveis; redução de 86% das emissões de CO2 fóssil com recurso a tecnologias mais limpas; redução em 10% do consumo específico de energia até 2025, com base em 2015.
Atualmente, a Navigator é responsável pela produção de 4% da energia elétrica gerada em Portugal e por 33% da energia verde produzida a partir de biomassa. Nos seus complexos industriais, 70% da energia consumida é de origem renovável, produzida a partir de centrais de biomassa e de centrais fotovoltaicas.
