Diversão de papel

21 de Dezembro 2020

A situação extraordinária que vivemos este ano reconciliou-nos com o que é verdadeiramente importante e fez-nos ansiar novamente pelas coisas simples. Em época de festas, em que nos deitamos mais tarde, ficamos mais tempo à volta da mesa, e menos a olhar para a televisão, porque não levar também o entretenimento de volta aos clássicos da nossa infância? Recorde alguns jogos para miúdos e graúdos em que só precisa de papel e caneta para se divertir.

Jogo do Galo
Lembra-se? Dá para dois jogadores, que só precisam de fazer uma matriz de três linhas por três colunas. Cada jogador tem um símbolo e jogam à vez, marcando o espaço vazio com um círculo ou uma cruz. O objetivo é fazer uma linha com três símbolos iguais, seja na horizontal, vertical ou diagonal.

Stop!
É perfeito para jogar em família, porque dá para vários participantes. Antes de começar, há que decidir as categorias a concurso: Nomes, Animais, Países, Objetos, Marcas, Atores, Cantores, Bandas, Personagens Históricas, Elementos Químicos… A imaginação é o limite, e o grau de dificuldade adapta-se à faixa etária dos jogadores. De seguida, um jogador “recita” mentalmente o abecedário até que outro o mande parar, dizendo “Stop”. A letra que calhar é a que dá o mote para todas as palavras escolhidas para encaixar nas várias categorias. Há que pensar rápido e escrever ainda mais depressa, porque o objetivo é preencher todas as colunas. O primeiro jogador a terminar diz novamente “Stop”, e ninguém mais pode escrever. Ganham-se dez pontos por cada campo completo, exceto no caso de respostas iguais dadas por jogadores diferentes na mesma categoria, o que só dá cinco pontos a cada. Terminado o abecedário – ou quando decidirem acabar o jogo –, somam-se os pontos e ganha quem tiver mais.

 Jogo da forca
Um dos jogadores escolhe uma palavra e, sem dizer qual é, desenha no papel um risquinho para cada letra. O objetivo do outro jogador é adivinhar a palavra, escolhendo, por cada ronda, uma letra do alfabeto, que o primeiro jogador coloca no risquinho certo. Por cada letra “pedida” que não faça parte da palavra, o bonequinho na forca vai ganhando um novo membro (cabeça, tronco, pernas, braços). Se o bonequinho ficar completo, o segundo jogador perde. Se adivinhar antes, vence.

Quem é quem
Todos os jogadores (dois ou mais) escrevem num post-it, sem mostrar a ninguém, o nome de uma figura conhecida (um ator, um cantor, um político, um personagem histórico, um personagem de desenhos animados ou de saga de filmes…). Depois devem colar o post-it na testa do jogador que se encontre à sua direita. À vez, cada jogador deve fazer perguntas de resposta “sim” ou “não” ao grupo para tentar adivinhar o nome que tem colado na testa – por exemplo, se é real, se é de ficção, se é mulher, se é moreno, se usa farda… O vencedor é o primeiro jogador a adivinhar.

Era uma vez
Aqui não há vencedores. A ideia é criar uma história em conjunto, e quantos mais participantes, melhor. O primeiro jogador deve escrever uma frase, que, evidentemente, começa com “Era uma vez”, e dobrar o papel de modo a ficar descoberta apenas a última palavra. O jogador seguinte deve “inspirar-se” naquela palavra e escrever mais uma frase, repetindo o procedimento anterior. Quando a folha de papel estiver completa, desdobra-se e lê-se a história. O mais comum é que não tenha muito sentido, e, por isso, provoque muitas gargalhadas.